Durante um mês que falamos sobre segurança nas estradas, é conveniente trazer informações do que tem sido feito sobre a segurança dos veículos brasileiros. Falar sobre o Maio Amarelo e como os carros se tornaram mais estáveis têm tudo a ver.
No Brasil, é relativamente recente a preocupação com a constituição estrutural dos veículos. Muitas pessoas, especialmente as mais velhas, acreditam que os carros antigos são mais seguros porque “a lataria é mais dura”. No entanto, mesmo que demorassem para amassar, a baixa tecnologia empregada na fabricação tornava esses veículos em um grande risco a partir de velocidades médias.
Itens obrigatórios para segurança dos veículos
Há poucos anos, os veículos vendidos no Brasil passaram a contar obrigatoriamente com airbags e freios ABS. Até 2020, também serão obrigatórios itens como cinto de 3 pontos e apoios de cabeça para todos os bancos. Porém, certamente isso não é o suficiente.
O Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) do Brasil divulgou uma lista dos itens que considera essenciais em um para a segurança dos veículos. Além dos dos freios ABS, airbags frontais, cinto de 3 pontos e encosto de cabeça, a entidade também destacou a importância das barras de proteção laterais e do controle de estabilidade, itens ainda não obrigatórios.
Como já vimos aqui no blog, novos itens de segurança passarão a ser obrigatórios nos veículos brasileiros nos próximos anos, como o controle de estabilidade, que entra em 2022. Outros serão, pelo menos, discutidos, como o aviso de afivelamento dos cintos.
Importância dos crash-tests
Os crash-tests (testes de colisão), que passaram a comuns para automóveis brasileiros há não muito tempo, têm feito muito pela segurança dos veículos fabricados no país e obrigado as montadoras a aumentarem seus padrões.
Um dos casos mais famosos envolve o Chevrolet Onix, o veículo que há vários meses é o mais vendido do Brasil. Depois de receber notas extremamente baixas nos testes de colisão, a Chevrolet modificou o processo de fabricação do veículo para que oferecesse mais segurança aos passageiros.
Os testes de colisão, que utilizam acidentes simulados e bonecos que medem a intensidade dos danos, buscam apontar como um eventual acidente de trânsito pode prejudicar os passageiros. Seus resultados são essenciais para motoristas que buscam o máximo de segurança em seus veículos.
Como já falamos aqui no blog, até 2020 será obrigatório que os automóveis sejam aprovados em testes de colisão laterais para que possam ser vendidos. Por enquanto, apenas o teste de colisão frontal precisa ser realizado.
Renault Kwid realizando um teste de colisão. Reprodução / Quatro Rodas.
Questão cultural
A revista Quatro Rodas traz um dado preocupante: apenas 10% dos veículos convocados para recall de fato comparecem às concessionários para os reparos. Esse número extremamente baixo, sinal de pessoas que não se preocupam com segurança nas estradas, pode contribuir para o aumento de fatalidades no trânsito.
José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), chama atenção para outros fatores ignorados nas estradas brasileiras: “Uma das coisas que discutimos hoje é buscar automóveis e rodovias que perdoam. Havendo negligência, imprudência ou distração do motorista, se o acidente ocorrer, o veículo ou a via devem ter condições de absorver a colisão, seja por meio de airbags, barras de proteção lateral e aço com deformação progressiva nos carros, seja por barreiras com encapsulamento [deformáveis] nas estradas”.
Essas estruturas, porém, não são muito comuns por aqui, mesmo que já sejam hábito em muitos países europeus.
Durante o mês de maio, você vai encontrar várias matérias que trata sobre a segurança dos veículos e estradas brasileiras. É um dos compromissos da Sigma com o Maio Amarelo, que visa informar sobre a importância de manter um trânsito seguro.
Para acompanhar nossas informações, continue ligado aqui no blog. Até a próxima!
