Dono de muitos recordes em uma carreira meteórica, o tetracampeão Sebastian Vettel tem mantido o legado alemão de grandes pilotos na Fórmula 1. Porém, o principal fruto da geração de Michael Schumacher, afirma ter outro ídolo no esporte: Ayrton Senna.
Foto: Reprodução/ The Guardian
Nascido em julho de 1987, na pequena Heppenhein, na Alemanha, o garoto Vettel foi influenciado a correr de kart. Em 1995 já chamava a atenção entre os jovens pilotos de seu país, e em 2004 sagrou-se campeão na Fórmula BMW alemã.
A ascendência de sua carreira aconteceu em alta velocidade (sem trocadilhos!): aos 19 anos e 53 dias, ele passou a ser o então piloto mais jovem a participar de um evento da Fórmula 1, ao participar do Grande Prêmio da Turquia (em 2015, seu recorde foi quebrado pelo prodígio Max Verstappen, de apenas 17 anos).
Já em 2007, ainda muito novo, Vettel foi chamado às pressas pela equipe Toro Rosso (STR), para assumir o lugar de Scott Speed, que havia se desentendido com o restante do time. Os bons resultados na temporada de estreia, e a vitória no Grande Prêmio de Monza no ano seguinte, o colocaram na equipe matriz da Toro Rosso, a poderosa Red Bull (RBR), recebendo a incumbência de substituir o lendário David Coulthard, que se aposentara na ocasião.
Em apenas três corridas pela nova equipe, ele mostrou ao mundo que a RBR havia acertado na aposta, e que aquela seria uma parceria perfeita. Ele cruzou a linha de chegada em primeiro, no GP de Xangai, liderando de ponta a ponta. Naquela temporada foram outras três vitórias (Japão, Emirados Árabes Unidos e Inglaterra). Ao fim do campeonato, Vettel era o mais jovem vice-campeão da história, perdendo o título para Jenson Button, que corria pela extinta Brawn GP.
Já em 2010, não teve para ninguém! O nome do ano foi Sebatstian Vettel. Ele venceu cinco das vinte provas do campeonato, e mostrou muita regularidade e arrojo para se tornar o mais jovem campeão mundial de Fórmula 1. A partir dai, começava a chamada “Era Vettel”.
Foto: Reprodução/ The Guardian
As temporadas de 2011 até 2013 pareceram um grande filme, que se repetia de corrida em corrida. O casamento perfeito entre Vettel e a Red Bull, dominou a categoria de uma forma tão contundente, que muitos o comparavam ao veterano Michael Schumacher, em sua histórica fase de cinco títulos mundiais consecutivos, pela Ferrari. Em 2013, a dupla dinâmica RBR/Vettel parecia simplesmente imbatível: treze vitórias ao longo da temporada, com nove pole positions. Vettel era a sensação da Fórmula 1.
Em 2014, com a chegada de Lewis Hamilton à Mercedes, as coisas mudaram repentinamente. O carro da RBR já não respondia ao talento do alemão, e parecia se arrastar na pista. Juntos, amargaram uma temporada sem brilho e sem vitórias, à margem do talento de Hamilton e Rosberg, a dupla da Mercedes que lutou ponto a ponto pelo título.
Para 2015, Vettel aceitou o projeto a longo prazo, apresentado pela escuderia Ferrari, que tantas glórias trouxe a seu país, quando pilotada por Michael Schumacher. Com isso, chegou ao fim a parceria histórica com a RBR, que lhe rendeu o recorde de mais jovem tetracampeão da categoria, igualando o número de títulos do mágico Alan Prost.
Na atual temporada, o garoto de Heppenhein conquistou algo que sonhava desde muito cedo: superar seu maior ídolo. Ele venceu o Grande Prêmio de Cingapura, e conquistou sua vitória de número 42 na carreira, uma a mais que Ayrton Senna. Superando o brasileiro, ele passou a o terceiro maior vencedor da história, atrás apenas de Alan Prost e Michael Schumacher.
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Ele e a Ferrari ainda lutam pelo título, mas tudo caminha para mais uma temporada de glória para Lewis Hamilton, que lidera o campeonato com boa folga para Rosberg e Vettel.
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Fontes: Fórmula 1, Super Speedway
