A história de Ayrton Senna da Silva é um exemplo de como um homem simples pode, através do esporte, tornar-se uma lenda, um herói. Senna é considerado por muitos, o maior piloto de todos os tempos, não apenas por seus grandes feitos dentro das pistas, suas vitórias, seu tricampeonato, mas também por seu carisma, pelo pode de fazer um país inteiro confiar nele e idolatrá-lo.
Foto: Reprodução/Folha Vitória
Desde muito pequeno, Ayrton Senna já mostrava uma capacidade anormal de pilotagem. Com apenas 04 anos, ganhou seu primeiro kart, e aos 07, foi convidado a treinar dentro do Autódromo de Interlagos. Até seus 19 anos, Senna conquistou inúmeros títulos na modalidade, e foi vice-campeão mundial. Entre 1979 e 1984, correu pelas principais categorias de acesso a Fórmula 1, e se destacou em todas elas. Seu principal título foi o da Fórmula 3 Inglesa, em 1983.
Em 1984, convidado a correr na Fórmula 1, pela pequena Toleman. Já na primeira temporada, o brasileiro chamou atenção e conquistou dois pódios. No ano seguinte, mais um salto na carreira de Senna: Ele assinou com a Lotus e começou a escrever seu nome na história, vencendo 06 das 48 provas que disputou com o tradicional carro preto e amarelo.
Foto: Reprodução/Senna Files
Tricampeão do Mundo
Em 1988, Senna chegou a McLaren, equipe de ponta da Fórmula 1, que corria com um potente motor Honda. Ali começava o casamento perfeito, que rendeu a Senna seus melhores resultados. Na última prova daquele ano, Senna subiu ao pódio no GP de Suzuka, ali o brasileiro se tornava campeão mundial pela primeira vez.
O bi de Senna veio dois anos depois, em 1991, e logo em seguida, em 1992, o tricampeonato, coroando uma carreira brilhante.
Foto: Reprodução/Senna Files
Rivais
Ao longo da carreira na Fórmula 1, Ayrton Senna colecionou vitórias, poles, voltas rápidas e rivais. Michael Schumacher, Damon Hill, Nigel Mansell foram alguns dos pilotos que se “encrencaram” com o brasileiro, mas dois pilotos em especial marcaram sua carreira, e se tornaram seus principais inimigos.
Nelson Piquet
Com o brasileiro Nelson Piquet, Ayrton travou uma disputa que continua viva até hoje: Quem foi o maior piloto brasileiro de todos os tempos? Piquet, conhecido pela língua afiada, afirma veementemente que foi melhor do que Senna, e sua tese tem o apoio de vários críticos esportivos. Já Senna, muito mais carismático, tem o apoio da imensa maioria da população brasileira, que o vê como um grande herói. Essa rixa entre Senna e Piquet, provavelmente, não terá fim, mas quem ganha com isso é o Brasil, que teve, em sua história, dois dos maiores pilotos de todos os tempos.
Alan Prost
Nada poderia ser tão inadequado quanto Senna e Prost correndo pela mesma equipe. O brasileiro e o francês viveram, dentro e fora das pistas, uma relação intensa de desprezo mútuo. Ambos conheciam as capacidades do outro, entendiam o tamanho do talento que o outro possuía, mas as faíscas que voavam pelas pistas, quando os dois dividiam as curvas, eram muito mais do que freadas violentas: Era a maior rivalidade da história da Fórmula 1.
O Rei de Mônaco
Até hoje, Ayrton Senna é conhecido como “O Rei de Mônaco”. Nunca um piloto tivera tanta facilidade em guiar entre os apertados muros do principado. Ao longo da carreira, Ayrton venceu seis vezes em Monte Carlo.
A tragédia que parou uma nação
O fim de semana do Grande Prêmio de Ímola, de 1994, foi, provavelmente, o mais trágico de todos os tempos. Nos treinos livres, de sexta-feira, o brasileiro Rubens Barrichello, correndo pela Jordan, sofreu um grave acidente na Variante Bassa, esse acidente chocou os espectadores, mas ninguém imaginava o terror que aquele grande prêmio ainda traria.
No sábado, durante os treinos classificatórios, foi a vez do austríaco Roland Ratzenberger bater forte, ele não teve a mesma sorte de Barrichello, foi a óbito.
O Grande Prêmio de Ímola já se iniciava de luto, muitos pilotos, inclusive Senna, solicitaram que a corrida fosse suspensa, devido a falta de segurança, mas a federação internacional os ignorou. O GP de Ímola começou um acidente causado pela quebra do carro de J.J. Lehto, teve apenas 07 voltas para Senna, que bateu forte na curva Tamburello, a 200 km/h.
A morte de Senna foi um grande choque para o povo brasileiro, que sofreu, e ainda sofre com a falta de seu maior herói do esporte. Senna é lembrado com muito carinho por todos que correram com ele, inclusive por seus rivais, e até hoje, suas história mexe com o imaginário dos amantes da velocidade.
Foto: Reprodução/ Globo Esporte
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Fontes: Ayrton Senna da Silva, Pensador UOL, Caran Driver Brasil
