Foi isso o que um dos chefes da montadora americana Ford, Bill Ford (bisneto do fundador da empresa), afirmou em um evento semanas atrás. Será que podemos concordar com ele?
O empresário coloca que a tecnologia fará cada vez mais com que as indústrias de carros se transformem em indústrias de softwares, pegando como exemplo os carros autônomos. No desenvolvimento desses veículos participam fortes empresas de tecnologia, principalmente para arquitetar sua programação, como já mostramos aqui.
Apple, Google, Uber e Tesla são algumas empresas de ponta que estão trabalhando de forma bem ativa para desenvolver carros autônomos a partir de tecnologias inovadoras.
Bill Ford nos fala que diversas empresas que hoje ofereceram compartilhamento de veículos e caronas, além de corridas particulares, mudaram a maneira das pessoas se relacionarem com os veículos, tornando o acesso a esse transporte algo mais democrático. Podemos citar, além dó Uber, o Cabify, Lift e o BlaBlaCar.
Todas essas grandes empresas foram criadas a partir de startups, apostas de pequenos empreendedores em ideias inovadoras. Segundo Bill, é nesse tipo de ideia que as montadoras precisam se focar: ““Elas são as nossas concorrentes agora. A velha indústria automobilística vai desaparecer”, ele disse.
Parece que as empresas não são as únicas a reconhecer que os carros autônomos tem uma grande chance de ser o futuro. Como já vimos aqui, a Alemanha liberou recursos para a construção de uma via exclusiva para testes com carros autônomos. Será que Mercedez, BMW, Audi e outros estariam pensando nessa tecnologia também?
Mesmo que esse seja o futuro, não podemos esperar que venha de forma fácil. A indústria de automóveis é centenária, e com certeza encontrará resistência em diversos setores, como afirma o herdeiro de Henry Ford: “Essas tecnologias vão causar revolta e resistência (…) Precisamos ter discussões profundas sobre essas mudanças. É fundamental que a sociedade entre nessa conversa o mais rápido possível.”
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