Um estudo produzido pela Boston Consulting Group (BCG) e o Fórum Econômico Mundial procurou analisar aproximadamente o que a população pensa sobre a implementação carros autônomos nas estradas e sua eficiência, bem como descobrir que impactos essa tecnologia teria nas cidades.
Além de algumas previsões, baseados em estudos anteriores, a pesquisa entrevistou 5.500 pessoas de diversos países para descobrir suas opiniões sobre o uso dos automóveis autônomos, bem como elas se sentiriam ao utilizarem de um.
Foto: reprodução / Exame
O estudo constatou que, em caso de uma grande implementação de carros autônomos – o suficiente para atender às necessidades da população -, a diminuição da poluição seria evidente: cerca de 80% menos gases poluentes na cidade em questão.
Isso acompanha a expectativa da população, que imagina formas alternativas de abastecimento dos veículos: 29% acreditam que eles seriam elétricos, 37% acreditam em híbridos, e apenas 9% acreditam que usariam combustão, assim como os carros atuais.
Se tratando da aptidão em andar em um carro com tal tecnologia, a pesquisar mostrou que muitos fariam o teste: 58% estariam aptos a viajar em um carro totalmente autônomo e 69% testariam carros com autonomia parcial. Essa receptividade liga-se à faixa etária dos supostos usuários: entre menores de 29 anos, 63% utilizariam tranquilamente; entre pessoas com 51 anos ou mais, a média é de 46%.
Os motivos escolhidos entre os entrevistados justificando a opção por um carro autônomo também variou bastante: não precisar procurar por vagas (43%), possibilidade de ser produtivo durante o trajeto (40%), curiosidade por ser algo novo (36%) e, talvez o mais interessante, aumento de segurança em relação a um carro convencional (31%).
Porém, o fator da insegurança atingiu boa parte dos entrevistados. A metade deles (2.750 pessoas, aproximadamente) alegou não sentir complemente segura ao estarem em um carro que dirige sozinho. Apenas 35% deixariam seus filhos andarem nesses veículos.
A insegurança dos entrevistados talvez se justifique pela falta de confiança na fabricante do automóvel: 46% deles disseram que se sentiriam mais seguros se fossem fabricados por montadoras tradicionais, ao passo que 16% dizem preferir uma indústria de tecnologia, 12% uma nova montada e 6% uma empresa do governo.
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Fonte: Exame.
