No primeiro capítulo de nossa série que homenageia os grandes pilotos da história, contamos a história de Mika Hakkinen, o finlandês, bicampeão mundial de Fórmula 1. Hoje, falaremos de um piloto brasileiro, polêmico e talentoso, dono de frases célebres e resultados impressionantes: Nelson Piquet Souto Mayor, ou apenas, Nelson Piquet.
Foto: Reprodução/Globo Esporte
Carreira
Geralmente, os pilotos de Fórmula 1 ganham apoio de seus pais para correr, mas com Piquet foi diferente. Seu pai queria que ele fosse tenista, e desaprovava a relação de amor entre o filho e os carros. Em algumas ocasiões, o piloto precisava, literalmente, fugir de casa para conseguir correr.
Mesmo sem apoio, em 1976, aos 24 anos, conquistou seu primeiro campeonato, na Fórmula V, e com a indicação de amigos, foi para a Europa, continuar sua carreira.
Venceu a Fórmula 3 Inglesa, em 1978, e, nesse mesmo ano, chegou a Fórmula 1, correndo pela pequena Chesterfield. Foi nessa fase que ele chamou a atenção de Bernie Ecclestone, então dono da equipe Brabham. Estreou em 1979 pelo time de Ecclestone, mas o resultado positivo apareceu um ano depois, quando Piquet foi vice-campeão mundial, atrás de Alan Jones. 1981 foi o ano em que ele conquistou o primeiro título de Fórmula 1 da carreira, na última corrida, superando o argentino Carlos Reutermann.
1982, foi um ano muito difícil para Piquet e para a Brabham, o carro não ia bem e os resultados não apareceram. Mas em 1983, ele reinou novamente, e se tornou o segundo piloto brasileiro bicampeão mundial de Fórmula 1 – o primeiro fora Emerson Fittipaldi.
Em 1986, Nelson Piquet se transferiu para a Williams, ele correria ao lado do inglês Nigel Mansell, com quem criou uma das grandes rivalidades da história da categoria. A equipe favorecia Mansell, mas com experiência, conseguia novos acertos para o carro e andava a frente do inglês. Mas a Williams não contava com a força da McLaren, e Alan Prost acabou sagrando-se campeão naquele ano.
Em 87, Piquet deu o troco em Prost e Mansell. O brasileiro tornava-se Tricampeão mundial, e nessa fase, Piquet disse que Mansell copiava o acerto de seu carro: “Quando eu descobria algum acerto diferente no meu carro (Williams), falava em cima da hora para os engenheiros, assim não dava tempo de copiar para o carro dele”. Em outra célebre entrevista, ele definiu seu companheiro de equipe como “Um idiota veloz”.
Piquet e Mansell – Rivalidade dentro da Williams
Foto: Reprodução/Flatout
No ano seguinte, cansado da preferência da equipe por Mansell, Piquet foi para a Lotus e, dois anos depois, para a Benetton. Mas ele nunca mais conseguiu ser campeão na Fórmula 1. Sua última vitória foi no GP do Canadá, em 1991, quando Mansell liderava, e foi obrigado a abandonar a prova na última volta.
Em 1992, migrou para a Fórmula Indy, se destacava entre os estreantes por sua exímia habilidade em conduzir o carro, mas nas 500 Milhas de Indianápolis, o pneu de seu carro o traiu, e ele sofreu um grave acidente na curva 4 do oval mais famoso do mundo. Um ano depois, voltou a disputar as 500 milhas, mas ficou em 13º lugar.
Atualmente, Piquet administra a carreira de seus filhos Pedro e Nelsinho Piquet. Nelsinho já teve passagens pela Fórmula 1, mas acabou banido, após realizar uma manobra proibida, a mando do antigo chefe da equipe Renault, Flavio Briatore.
Frases de Piquet
Muito polemico, Piquet colecionou entrevistas ousadas e frases ácidas sobre outros pilotos da Fórmula 1. Separamos algumas para você se divertir:
“Temos uma grande diferença, ele gosta de mulheres feias, eu gosto de mulheres bonitas”. Sobre Nigel Mansell.
Sobre Ayrton Senna, Piquet também deu sua opinião: “Senna, o melhor piloto? Não! O Prost foi tetracampeão!”.
Já sobre o lendário canadense, Gilles Villeneuve, ele foi mais enfático: “Gilles usava um capacete de tamanho menor que sua cabeça, ele comprimia seu cérebro. Era só colocar e sair fazendo besteira”.
Concordar, ou não, com Nelson Piquet, vai da opinião de cada um, mas o fato é que sua personalidade forte, aliada a seu talento refinado, o transformaram em um dos maiores pilotos de todos os tempos.
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Fontes: Blog Terceiro Tempo, Super Speedway, UOL Fórmula 1
