Um processo de habilitação muito mais rigoroso que o nosso

Publicado em: abr 12 2017 por admin

No Brasil, o processo para obter a habilitação pode ser burocrático e proporcionalmente caro, mas não podemos chamar de demorado. Com aulas teóricas, de simulador e práticas, além dos testes de condições psicológicas, motoras e de conhecimento, o aluno pode concluir em poucos meses o processo.

Na Finlândia a realidade é um pouco diferente. No país onde há uma média de 612 carros para cada 1000 habitantes (dados de 2010), o processo leva 2 anos, incluindo uma série de testes de adversidade.

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Finlândia possui uma série de ótimos pilotos de rali – Foto: Flatout!

Lá, o processo inclui testar o motorista para as condições de pista e tempo mais adversas. Fácil pensar nessa necessidade considerando as características do país: neve e frio constantes – na capital Helsinque, a média anual de temperatura é de 5º C -;dias extremamente curtos durante o inverno, durando apenas 6 horas; e constantes acidentes envolvendo animais – em média, 4 mil renas morrem atropeladas anualmente.

Isso faz com que nos centros de formação de condutores os motoristas sejam testados através aulas práticas e teóricas que consideram essas adversidades. Pilotando os carros nas pistas, os motoristas enfrentam terrenos extremamente molhados, preparados com um material pouco aderentes e espelhos da água. Sim, a intenção é fazer com que o carro derrape para testar a reação do motorista.

Por causa da neve e gelo constante na região, é no mínimo ideal que os reflexos sejam testados. Sendo assim, durante as aulas o motorista é ensinado a fazer drifts – pilotar o carro derrapando, mantendo-se em condições seguras e sem perder o controle.

Ao iniciar esse processo de dois anos, o aluno passa inicialmente por 19 aulas teóricas e por um mínimo de 17 horas de aulas práticas. Ao praticar no volante, ele já o faz em pistas escorregadias, onde sua habilidade vai sendo desenvolvida. Um simulador de condução noturna também faz parte do processo.

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Foto: Bloomberg News

Depois disso, é preciso passar por um teste que envolve direção e baliza. Se for aprovado, o motorista ganha uma carteira provisória, com validade de dois anos. Meses depois, ele deverá voltar à auto escola para uma segunda avaliação.

Quando seu documento provisório está expirando, ele é liberado para realizar o teste final. Nele, o motorista volta à pista escorregadia com seu carro usando pneus de verão. Aí, suas habilidades em condições adversas, reflexos e perícia serão definitivamente testados e ele será avaliado se consegue manter seu carro em situação segura, mesmo que esteja derrapando. Caso seja aprovado, só aí sua carteira definitiva é entregue.

E aí, pareceu difícil? O processo de habilitação brasileiro pareceu até fácil demais, não é?

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Com informações de Quatro Rodas.

Categoria: Curiosidades

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