Infelizmente, isso não quer dizer que carros flutuantes começarão a ser utilizados (ainda). Na verdade, a Noruega está cogitando a implementação de um túnel flutuante, o primeiro do mundo.
Atualmente, o deslocamento entre as cidades de Kristiansand, no sul do país, e Trondgheim, no norte, compreende um trajeto de mais de mil quilômetros de rodovias, além de algumas balsas. Em média, 21 horas são gastas nessa viagem.
Foto: reprodução / Exame
Pontes não seriam mais fáceis?
Essa dificuldade existe por causa da geografia do país escandinavo, que complica a construção de pontes e rodovias. Os fiordes, típicos da região, são formações rochosas rodeadas de água que tornam o terreno muito irregular. Assim, qualquer construção que ligue longas distâncias se torna cara demais.
E é para encurtar o tempo de deslocamento entre essas duas cidades, contornando o relevo, que o governo do país pensa no ambicioso projeto de construir túneis submersos flutuantes, que seriam como tubos gigantes sustentados por estruturas na superfície.
A solução seria mais barata e eficiente do que a construção de túneis convencionais ou pontes. Segunda a Vegvesen, empresa responsável pelo projeto, o trajeto seria encurtado em 11 horas.
Não parece perigoso?
Em sua construção, as estruturas que sustentam os túneis poderiam estar conectadas às formações rochosas, trazendo segurança em casos de instabilidades climáticas.
No topo das estruturas flutuantes, estariam alguns componentes que seriam responsáveis pela circulação de ar dentro dos túneis.
Tarefa difícil
Apesar de ser um complexo projeto de engenharia, além de custoso – cerca de US$ 25 bilhões seriam necessários -, os túneis flutuantes seriam a solução mais viável e eficiente.
A expectativa, porém, é que o projeto saia do papel por volta de 2035. Sua complexidade exige ainda muitos estudos e desenvolvimento de técnicas.
Foto: reprodução / SlavianTours
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Fonte: EXAME.