Quem se preocupa ou é ao menos simpatizante de iniciativas sustentáveis para geração de energia pode abrir um sorriso. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou dados sobre pessoas e empresas que geram totalmente ou parte da energia que consomem. Segundo eles, o número de mini e microgeradores que há um ano estava próximo de mil, em agosto desse ano ultrapassou os 5 mil.
Calculando a capacidade dessas pequenas estações, até 48 megawatts (MW) podem ser gerados, o suficiente para abastecer uma cidade com aproximadamente 200 mil habitantes.
Mudança nos setores
Felizmente, essas iniciativas estão cada vez mais comuns nas residências: quatro em cada cinco unidades geradoras estão em casas, sendo que a maior parte delas se concentra na região sul e sudeste. Hoje, 20 estados mais o Distrito Federal são isentados de ICMS na energia gerada em unidades consumidoras.
De forma também benéfica, existem instituições e empresas também se encaminhando para esse padrão. A Universidade Federal de Itajubá (MG), a Paróquia São José da Lagoa e a rede de drogarias RaiaDrogasil fizeram ostensivos investimentos em seus setores. Essa última, por exemplo, investiu R$1,5 milhão em painéis fotovoltaicos para serem instalados em 11 farmácias de sua rede em Minas Gerais, cobrindo 50% do consumo dessas unidades.
Pode parecer pouco, ao pensar no tamanho de nosso país, mas talvez o futuro esteja caminhando cada vez mais nesse sentido.
Fator econômico
Um grande impedimento para quem deseja investir, porém, ainda está nos gastos que envolvem todo o processo, mesmo com as atuais isenções. Para um consumidor de classe média que reconhece o alto custo atual da energia elétrica, investir alguns milhares de reais pode ser ainda complicado.
Porém, especialistas como Carlos Mattar, superintendente de distribuição da Aneel, diz que o investimento é bem recompensado e que, a longo prazo, ajuda no barateamento de todo o sistema já que contribui para sua massificação. Segundo ele, quem instala placas em sua casa pode, depois de certo tempo, diminuir em até 80% os gastos com energia, o que compensa os gastos iniciais após um período.
Será que veremos o número de autônomos em geração de energia crescer? Continue acompanhando o blog da Sigma Home para se manter informado!
Fonte: OGlobo.