A emoção e a adrenalina proporcionada por campeonatos de corrida são praticamente indescritíveis, mesmo para quem convive em ambientes assim por anos a fio.
Agora imagine como é a sensação daqueles que correm, ainda, contra perigos totalmente inesperados. É o caso de alguns ralis e competições, espalhados pelo mundo. Veja abaixo quatro dos mais perigosos.
Rally Dakar
Provavelmente a mais difícil e famosa competição de corrida do mundo, o Rally Dakar leva corpos e máquinas aos seus limites. Originalmente partindo de Paris, na França, rumo a Dacar, no Senegal, teve sua primeira edição em 1979.
Vinte e um anos depois, em 2000, mudou sua direção. Partindo do Senegal, o rumo passou a ser o Egito. Em 2008, um fator “curioso” fez com que a competição fosse cancelada: ameaças terroristas forçaram os organizadores a tomarem uma atitude.
Desde seu retorno, em 2009, o rali é disputado na América do Sul. Na edição de 2014, que acontece desde o dia 5 de janeiro, o percurso é de Rosário, na Argentina, a Valparaíso, no Chile.
Em toda a história do Rally Dakar, 54 pessoas, entre competidores, organizadores e espectadores, já perderam a vida.
Le Mans
As 24 Horas de Le Mans consistem, basicamente, na mais antiga corrida de resistência do mundo, e é realizada desde 1916 na cidade homônima, na França. Como o próprio nome já diz, são 24h ininterruptas de disputa.
O palco da tradicional corrida é o Circuito de Sarthe, que conta com pouca iluminação para o período noturno – o que aumenta a dificuldade e exige mais da habilidade dos pilotos. Cada equipe de participantes, aliás, conta com três representantes, que se revezam ao longo de todo o dia.
Justamente em Le Mans, no ano de 1955, ocorreu o pior acidente automobilístico da história: a Mercedes-Benz 300 SLR de Pierre Lavegh recebeu um toque de outro carro e foi em direção a um banco de areia.
Lavegh foi arremessado do veículo e faleceu instantaneamente, enquanto o carro voou com seus destroços sobre o público – 83 expectadores perderam a vida. A Audi é a atual campeã da competição, com o dinamarquês Tom Kristensen, o escocês Allan McNish e o francês Löic Duval.
Pikes Peak
Diferentemente de Mans, com repetitivas voltas em um circuito, o Pikes Peak International Hill Climb – ou, basicamente, Subida de Montanha – tem um ponto de início e um fim, a 4.300 metros de altitude.
O percurso tem, ao todo, quase 20 km de extensão, com 156 curvas montanha acima. A premissa, desde 1916, é simples: quem chegar ao topo no menor tempo possível, vence.
Sébastian Loeb, nove vezes campeão do Campeonato Mundial de Rali, “experimentou” a competição em 2013, na edição passada. O resultado? Quebrou o recorde em 15%, totalizando 8’13”878 como tempo final.
Haja adrenalina para acelerar ao máximo seu veículo à beira de uma queda mortal – e ainda quebrar um recorde histórico.
Rubicon
O último representante da lista caracteriza a mais difícil trilha do mundo, destinada especialmente aos jipeiros de plantão. São 12 km, partindo das margens do Loon Lake, na Califórnia, rumo a outro lago, o Tahoe.
Ainda que a distância seja “curta”, o percurso consiste em uma nota 10 de dificuldade, numa escala de 0 a 10. São pedras gigantes por todo o caminho, que obrigam os veículos a manterem uma velocidade média de aproximadamente 8 km/h.
Nem mesmo buracos ou riachos são necessários para atingir tamanha dificuldade. Vale lembrar que os índios utilizaram a trilha inicialmente, ao passo que o Exército dos Estados Unidos a descobriu no século XIX.
Você gostaria de participar de alguma das competições?
Fontes: Esporte Interativo, Papo de Homem