Maio Amarelo: exemplos que mostram como é possível melhorar o trânsito brasileiro

Publicado em: jun 01 2018 por admin

O mês de maio já acabou, mas falar sobre segurança no trânsito. Hoje, mostraremos como melhorar o trânsito não é uma tarefa impossível, mas pode ser realizada através de aplicação de medidas.

Falaremos do Japão, país que no começo da década de 1970 possuía um trânsito semelhante ao do Brasil e conseguiu reduzir em 80% as fatalidades.

O cenário japonês mudou muito nas últimas décadas. Em 1970, a relação de fatalidades no trânsito era de 16,2 para cada 100.000 habitantes. No Brasil, atualmente esta relação é de 17,3 para cada 100.000 habitantes. Infelizmente, podemos considerar nosso trânsito como violento.

Hoje, no Japão, são 3,2 fatalidades para cada 100.000 habitantes, uma redução estrondosa. Nada foi acaso ou sorte, mas resultado de políticas efetivas e massivas para melhorar o trânsito em suas estradas.

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Melhores motoristas, mais estruturas e mais sinalização

O Japão investiu basicamente em 3 frentes: em formar melhores motoristas; em ampliar as estruturas na estrada, principalmente para ampliar segurança de pedestres; mais sinalização nas estradas.

O currículo das autoescolas japonesas foi padronizado, buscando o mesmo parâmetro para avaliar motoristas. Para renovar suas habilitações, os motoristas precisam passar por um cursinho a cada três anos. Motoristas que não tivessem multas, nem envolvimento em acidentes, ganhavam um tempo extra para ter que renovar a habilitação. Assim, o país fez um “pente fino” nos maus motoristas do país, exigindo maior dedicação por parte deles.

No que quesito da infraestrutura, o país fez questão de investir na segurança dos pedestres. Nas estradas mais movimentadas, o número de passarelas saltou de 1 mil, em 1967, para 9 mil em 1980. Pesquisas mostraram que nos primeiros seis meses depois da instalação das passarelas o número de acidentes com pedestres caiu 85%.

Além disso, o foco foi em produzir vias expressas, ao invés das estradas de mão dupla. Por causa da configuração dessas rodovias, as expressas se mostraram uma aposta melhor: de acordo com um estudo de 1983, elas eram 14 vezes mais seguras do que as estradas comuns.

O governo também não ficou atrás na sinalização. Houve um salto no número de placas: em apenas dez anos, entre 1970 e 1980, 80 mil placas foram instaladas nas rodovias.

Fora todas essas medidas, os automóveis japoneses também começaram a passar por avaliações periódicas que medem critérios ativos e passivos de segurança e medidas de prevenção de incêndios. 3 anos depois de emplacado pela primeira vez, o veículo passa por sua primeira inspeção de segurança. Depois disso, ela precisa ser feita a cada 2 anos.

Encontrando os esforços certos

A comprovação do resultado dos esforços japoneses saiu num estudo da Associação Internacional de Ciências de Tráfego e Segurança (IATSS, na sigla em inglês). A organização ainda comentou que o país investiu pesado em campanhas de educação e hospitais de emergência. No entanto, mensurar o retorno que essas iniciativas possuem é difícil.

Com os investimentos em medidas de infraestrutura e educação em larga escala, o Japão conseguiu reduzir em 80% a mortalidade em suas estradas, o que é bastante impressionante e foi certeiro para melhorar o trânsito.

O Brasil já pensou em algumas soluções parecidas para seus problemas. Nenhuma, porém, implantada efetivamente. Uma resolução do Contran, por exemplo, já propôs cursinhos periódicos para possibilitar a renovação da CNH, uma proposta que foi revogada. Outra, mais recente, já procurou instituir checagem em veículos para verificar suas condições de segurança.

Ainda caminhamos em passos lentos, mas estamos caminhando. Iniciativas como a do Maio Amarelo são de muita ajuda para melhorar o trânsito, e a Sigma certamente apoia este movimento.

Continue acompanhando nosso blog para mais dicas e informações sobre como você pode melhorar o trânsito, um passo de cada vez. Até a próxima!


Com informações de Quatro Rodas.

 

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