Indústria automotiva: de veículos à prestação de serviços em plataformas digitais

Publicado em: jul 15 2017 por admin

Segundo pesquisa global realizada pela KPMG, o assunto digitalização e conectividade passou da décima posição em 2015 para a primeira em 2016, sendo considerada de extrema importância por mais da metade dos entrevistados que investem no setor automotivo. Sem dúvida, o formato de negócio está sofrendo grandes mudanças em curto período de tempo, numa espécie de contagem regressiva para ruptura do modelo antigo da indústria.

Fonte: Shutterstock

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Conforme estudo da Frost & Sullivan, está previsto que, até 2020, a indústria automotiva injete cerca de 273 bilhões em tecnologias para aprimorar a inovação em veículos digitais. Dentre as apostas, há inúmeras possibilidades na mira dos executivos do setor, desde adaptar os veículos para serem utilizados como sala de estar ou, até mesmo, não precisarem de motoristas. Numa hipótese do mercado, os carros tendem a não ser mais levados à oficinas, devido ao uso crescente de plataformas digitais que podem possibilitar entender quais são os problemas que o carro está sinalizando e facilitar a solução de diversas questões técnicas.

Fonte: Auto Esporte

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Outra aposta da indústria é aumentar a proteção dos veículos digitais contra hackers. Tamanha atenção a esta iniciativa é em função de alguns hackers, já há alguns anos, conseguirem assumir o controle de carros à distância, utilizando-se de equipamentos simples, o que culminou em alguns recalls, porém, nenhum no Brasil. Já nos EUA, existe uma multa estipulada através de uma lei que surgiu neste ano de 2017, que multa o fabricante em US$ 5 mil por veículo, quando estiver o modelo dominado por hackers. Desta forma, deixar um carro vulnerável sairá caro para o fabricante e por isso o alto interesse em investir na segurança dos sistemas digitais.

De acordo com a Frost & Sullivan, as mudanças no setor promoverão uma crescente procura por serviços oferecidos pelos fabricantes de automóveis, a venda não mais se encerrará no momento que o cliente retirar o veículo da loja, haverá, certamente, uma relação prolongada entre o cliente e a empresa que comercializou, não somente o automóvel, mas junto, os serviços digitais que dispõe. Isso resultará em maior preocupação da empresa em manter a satisfação do cliente para não o perder para o concorrente. A competição se fará presente e acirrada. As montadoras precisarão se reinventar a todo instante e manter-se antenadas às inovações tecnológicas.

Com o surgimento dos carros digitais, há grande oportunidade de redução de custos, seja para a empresa que comercializa o automóvel, seja para o cliente. Para os negócios automotivos, com a análise remota através da conectividade digital, diminuirá os gastos com pesquisa para compreensão do desempenho do automóvel. Já para o cliente os gastos podem ser amenizados em função da segurança que o próprio carro disponibilizará, além de informações sobre a necessidade de reparos antes mesmo que o veículo sofra algum dano maior em sua mecânica.

 

 

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