Ontem (25), o inglês Lewis Hamilton venceu o Grande Prêmio dos Estados Unidos e, mais uma vez, escreveu seu nome na história. Ele tornou-se o primeiro piloto da terra da Rainha a conquistar um tricampeonato mundial, e com esse feito, alcançou seu grande ídolo da infância: Ayrton Senna da Silva.
Lewis Hamilton – Tricampeão mundial de Fórmula 1
Foto: Reprodução / Globo Esporte
Desde muito pequeno, o piloto já chamava a atenção pelo talento e pelo estilo “marrento” de ser. Aos 10 anos, em uma cerimônia de premiação, ele reivindicou a Ron Dennis um lugar em sua equipe, a poderosa McLaren. Auto confiante, ou até mesmo profético, três anos depois, Hamilton foi chamado para correr pela equipe McLaren, em um programa especial para jovens e talentosos pilotos. E essas duas palavras sempre caíram muito bem em Hamilton: jovem e talento.
Foto: Reprodução/ Lancenet!
Em 2007, o chefão convocou o “garoto profeta”, com apenas 22 anos, para integrar a principal equipe McLaren, na Fórmula 1. Ron Dennis escolheu Hamilton para ser o segundo piloto de Fernando Alonso, na época, principal estrela da categoria. Note que não usamos o termo “companheiro de Alonso”, mas sim “segundo piloto de Alonso”, pois, teoricamente, essa era mesmo a função de Hamilton, ele deveria ser apenas o assistente do campeão. Mas esse posto não foi ocupado por muito tempo, aliás, nunca foi ocupado! Em sua estreia na F1, o primeiro piloto negro da categoria já subiu ao pódio, com um terceiro lugar, depois de dar muito trabalho a Fernando Alonso e Kimi Raikkonen (da Ferrari).
A temporada 2007 continuou com Hamilton “infernizando” a vida do popstar Alonso, tanto infernizava que em apenas seis meses a disputa virou briga pessoal, e o ego dos pilotos acabou dividindo a equipe ao meio.
Hamilton e Alonso
Foto: Reprodução/ Globo Esporte
O resultado dessa briga foi catastrófico para a McLaren: na última prova da temporada, um ponto separava Alonso do líder Hamilton, e 10 pontos os colocavam a frente de Raikkonen. No fim da corrida, depois de uma briga desnecessária, os dois pilotos da McLaren acabaram indo mal, e o título caiu no colo de Raikkonen, deixando a McLaren inteira a ver navios.
Em 2008, com a saída de Alonso do time, Hamilton não precisaria dividir os holofotes com mais ninguém, exceto, Felipe Massa, da Ferrari. Os dois travaram uma luta histórica pelo título da temporada, talvez a briga com o desfecho mais memorável de todos os tempos.
Na última corrida, no Brasil, Hamilton precisava de um quinto lugar para tornar-se o campeão. O inglês estava em sexto até a última curva, quando, sob muita chuva, ultrapassou Timo Glock, da pequena Toyota, e sagrou-se campeão mundial de Fórmula 1 pela primeira vez. Massa venceu o GP Brasil daquele ano, mas o alto do pódio teve um gosto amargo para ele e todos os brasileiros.
Hamilton ultrapassando Glock
Foto: Reprodução / Motorsport
Os anos seguintes não trouxeram tantas glórias a Hamilton, que viu de camarote, Jenson Button e a Brawn GP destronarem todos os adversários, em 2009. Em 2010 começava a “Era Vettel”, com o tetracampeonato do alemão, Mesmo assim, a genialidade de Lewis nunca foi colocada a prova, porém o fraco da McLaren e sua péssima relação com a equipe, o fizeram optar por trocar a poderosa equipe inglesa pela intermediária Mercedes, em 2013. Essa provavelmente foi a decisão mais acertada de sua carreira.
Estreando pela equipe alemã, substituindo o lendário Michael Schumacher, Hamilton se sentiu a vontade, e logo na temporada seguinte, os resultados apareceram. Em um ano travando uma batalha contra seu companheiro de equipe, Nico Rosberg, Hamilton se destacou entre todos, e venceu o campeonato de maneira dominante: 11 vitórias em 19 provas.
A temporada 2015 foi tipicamente um “mais do mesmo”. Hamilton e Rosberg brigando pelo título, dessa vez com a companhia de Sebastian Vettel na batalha. Mas os resultados não foram diferentes do ano anterior. Ontem, faltando três provas para o fim do campeonato (México, Brasil e Emirados Árabes), Hamilton coroou sua carreira com um terceiro título mundial, escrevendo seu nome entre os grandes da história, como Niki Lauda e Ayrton Senna.
Foto: Reprodução / O Globo
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Fontes: Super Speedway, F1 Team, Esporte UOL
