Já faz tempo que a Europa – e com ela, boa parte do mundo – tem levado os problemas do diesel a sério. Tudo tem a ver com a qualidade do ar, algo que esse combustível prejudica profundamente.
Há poucos anos, a Volkswagen protagonizou um escândalo envolvendo seus veículos a diesel. A marca alemã fez questão de escapar dos testes que mediam as partículas nocivas que iam para o ar saindo do escapamento de seus automóveis. E como ela fez isso? Através de fraudes geradas por seus próprios softwares.
E não foi a única ocasião em que a confiança nos motores a diesel foi abalada. O documentário Na Rota do Dinheiro Sujo, lançado pelo Netflix, mostrou que o caso da Volkswagen levou a investigações de diversas agências que constataram que empresas estavam de fato dizendo que o diesel era pouco poluente quando, na verdade, estavam apenas mascarando resultados.
Centro histórico de Roma, que logo não contará mais com a circulação de carros à diesel. Imagem: Público.
Por que o diesel se tornou inimigo
Já é praticamente conhecimento popular que o diesel tem vários prejuízos, tanto ao meio ambiente quanto à saúde das pessoas. Quanto é expelido dos escapes, libera dióxido de nitrogênio, que é extremamente nocivo para a qualidade do ar.
Toda a desconfiança que agora paira em torno do combustível reforçou iniciativas já antigas de várias cidades europeias: banir o diesel de suas ruas. Lugares do Reino Unido e França já pensam em proibir o uso do combustível até 2020, ampliando para impedir a circulação de veículos à gasolina até 2040.
Roma também já deu um ultimato: até 2024 nenhum veículo à diesel poderá circular em seu centro histórico. E daí vem outro motivo de o combustível ser tão prejudicial, já que além de prejudicar a qualidade do ar e a respiração da população, a poluição gerada também pode afetar construções, incluindo patrimônios históricos inestimáveis.
A decisão da cidade italiana aconteceu há pouco tempo, no fim do mês de fevereiro. E ela veio na mesma onda de uma decisão do governo alemão. Na terra da BMW e da Mercedez, ficou decidido que as cidades do país já podem adotar individualmente medidas de combate ao uso do diesel, inclusive aquelas que impeçam a circulação de veículos.
Quem também está crendo que o tempo do diesel acabou é a Toyota, que decidiu parar de vender carros para passageiros que sejam movidos à diesel na Europa a partir desse ano. A venda de veículos que utilizavam o combustível vinha caindo ano após ano no continente, mas no ano passado ainda representou 15% das unidades comercializadas.
Segundo a empresa japonesa, a aposta será nos híbridos, veículos que ano após ano vêm acumulando aumentos expressivos nas vendas.
A queda na venda e circulação de veículos à diesel pode ser o início de uma revolução nas estradas, e talvez a porta de entrada para combustíveis alternativos ganharem a cena.
A Sigma vai continuar acompanhando todas essas discussões e traremos tudo em primeiro mão para você. Fique ligado!
Com informações de Exame.
