Na década de 1960, o engenheiro americano Ray Dolby introduziu para o mundo um produto criado em sua empresa, a Dolby Laboratories. Ele apresentou um filtro de som eficiente que deixa o som mais “limpo” quando reproduzido. Foi o começo de uma revolução no cinema e nas casas das pessoas.
Sendo aperfeiçoada de tempos em tempos, a tecnologia inventada por Ray hoje está presente em boa parte dos aparelhos reprodutores de áudio que utilizamos em nossa sala de TV. É graças ao efeito Dolby que, com a ajuda de um home theater, conseguimos trazer a experiência de uma sala de cinema para a nossa casa.
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Duas saídas de som
No princípio, o efeito produzido pela primeira criação do americano fez com os sons transmitidos por duas saídas de áudio diferentes tivessem menos ruído de fundo. Além disso, foram acentuadas as diferenças entre os graves e agudos, eliminando sons destoantes nas reproduções. Na década de 70, filmes como Guerra nas Estrelas e Apocalypse Now estariam utilizando sua tecnologia.
Evolução: Dolby Surround e Dolby Pro-logic
Os aperfeiçoamentos não pararam de acontecer. Na década de 80, surgiu o Dolby Surround, que consistia em um novo canal áudio para a reprodução de efeitos especiais e sons ambiente. Nesse formato, duas saídas (caixas) de som ainda eram utilizadas, porém um decodificador foi introduzido para a reprodução dos novos efeitos. Em suma, foi uma divisão dos diferentes sons na hora da reprodução.
O sistema Dolby Pro-logic, introduzido ainda na década de 80, trouxe consigo a utilização de mais de duas saídas de som para a reprodução. Agora, poderia ser utilizada uma saída central, que concentraria, principalmente, as vozes dos atores e seus diálogos, deixando os outros efeitos para as outras saídas, em modo surround.
Esses dois sistemas não trouxeram somente uma maior qualidade na reprodução do som, mas também uma ampliação nas possibilidades de ajustes possíveis.
O Dolby Digital
Introduzido na década de 90, o Dolby Digital 5.1 levou ao ápice as possibilidades dos efeitos sonoros. A partir desse momento, seriam seis saídas de som: duas frontais, duas traseiras, uma central e um sub-woofer (para sons graves).
O melhor efeito dessa tecnologia foi limitar ao máximo o cruzamento de sons de frequências semelhantes, deixando o áudio mais limpo e discernível, além de produzir a sensação de que o som vem de vários lugares, visto que cada tipo de som tem sua saída independente.
A partir daí, os sons de efeitos de explosão, por exemplo, teriam sua saída própria, assim como o áudio dos diálogos e dos efeitos de ambiente. Foi uma ampliação das sensações causadas pelas reproduções sonoras, que foi sentida pela primeira vez no cinema com o filme Batman Returns, de 1992.
Foto: reprodução / testsounds
É claro que, com o decorrer do tempo, os laboratórios Dolby produziram outras melhorias no campo das reproduções de áudio. Porém, foi o Dolby Digital que, ainda tão presente em nossos lares, trouxe para perto de nós a possibilidade de experiências incríveis, antes possíveis apenas nas salas de cinema.
Fonte: Sextosentido, Brccm
