Dirigir utilizando o pensamento para guiar o veículo já é possível faz algum tempo. Em 2015, pesquisadores da Universidade de Nankai, na China, tornaram isso possível através de um headset que capta sinais e estímulos cerebrais e um programa que emite comandos ao veículo. Porém, nesse ano, o brasileiro Rodrigo Mendes pêde voltar a dirigir um carro depois de 30 anos graças a esse tipo de tecnologia.
Utilizando apenas seu cérebro para controlar um veículo preparado para ele, Rodrigo se tornou a primeira pessoa com tetraplegia no mundo a pilotar um veículo dessa forma.
Através de uma parceria entre o Instituto Rodrigo Mendes – que o brasileiro criou após seu acidente – e a Rede Globo, a adaptação de um automóvel para essa função foi possível. O principal está num capacete capaz de mapear impulsos elétricos produzidos por ondas cerebrais e transformá-los em informações, que então são enviadas para um computador de bordo no veículo.
De acordo com a equipe de tecnologia envolvida no projeto, foi preciso associar sensações aos pensamentos para desenvolver os estímulos que seriam correspondentes aos comandos. Um filtro desenvolvido leria esses pensamentos distintos e já exerceria as ações devidamente programadas.
Foi preciso que Rodrigo “treinasse” seus pensamentos para fazer com que eles fossem utilizados nos momentos necessários para executar as ações: para acelerar, virar a esquerda e virar a direita, foram utilizados três pensamentos/estímulos diferentes.
Completamente preparado para ele, o carro também conta uma câmera frontal que detecta o traçado da pista e assim permanece estável nela. Além disso, ele também recebeu um receptor remoto e sistema de controle, que faz com que a equipe consiga controlar o carro a distância, caso Rodrigo perdesse o controle do carro.
Mesmo distante de ser uma realidade distante de muitos com tetraplegia, é bom saber que existem possibilidades para que essa condição não seja um impedimento para que pessoas possam pilotar veículos. Vemos ver o que o futuro nos reserva, certo?
Com informações de EXAME.